sexta-feira, 1 de agosto de 2014

[POESIA] Como um anjo das asas negras

Imagine que minha mente é uma zona de guerra,
Com tiroteios de confusão e bombeamentos de ideias.
Imagine que minha ilusão é um lago negro
Onde mergulho de corpo e alma
Para aliviar um vazio que, no entanto pode se tornar pior.

Uma floresta que dança e chora em meio a dúvidas e medos humanos,
Enquanto o povo destroça uns aos outros
A procura do que seria o conforto e felicidade.
Na minha cabeça o tempo é sempre variado.
Previsões não funcionam aqui,
São imprevisíveis e enganosas.

Um dia lindo de sol
E uma calmaria rodeada de silêncio e anjinhos a dormir,
Entretanto não se deixe enganar,
Esses anjinhos só estão silenciados em sua própria dor,
Com seus olhos fechados seu coração chora,
E seus pensamentos estão a mil.

O tempo está nublado,
Nas ruas desertas o vento sussurra no calar da noite;
Serão os anjinhos com lágrimas sangrentas?
Ou só estão quietos curtindo suas próprias trevas?
Eles estão felizes, acredite.
Dormem como crianças cansadas
De um dia de correria e diversão,
Contudo seu mundo obscuro
Torna-se calmo ao som de uma música melancólica e prazerosa,
Com a sensação de mistério e o doce arrepio do medo.

Com desejo intenso de sonhar e viver,
Eles se perdem em seu mundo de fantasia.
Nesses sonhos você encontra uma bela floresta,
Tão encantadora que se perderá encontrando um castelo em ruínas;
Lá onde os anjinhos mais gostam de relaxar,
Eles correm e brincam, conversam e silenciam,
Choram e riem.

O céu agora está azul,
Depois de uma chuva um arco-íris,
E as gracinhas voam adentrando as nuvens,
Procurando uns aos outros
E rindo em meio a névoa branca,
Enquanto suas gargalhadas fazem doer suas barrigas,
Suas asas congelam e de repente eles caem.
E então tudo de novo começa.

Assustados pelas responsabilidades futuras
Suas angustias se torna o anseio de fazer bem ou não fazer nada,
A guerra predomina,
As dúvidas os desesperam
E o medo roda diante se seus corpos como sombras de escuridão e terror,
Mas um lago de magia e calma os chama;
E por fim, eles se rendem.