Jorrando sangue
de minhas veias,
Vejo a beleza em
sua cor.
O tom em vermelho
vinho, medonho.
Que de belo
espanta a dor.
Preocupados com a
torneira que respinga,
Pelo ato surpreso
ao cair minha agulha em gel,
Seus olhares
tornam-se nervosos, nauseantes.
Porém de meus
lábios eu sinto o mel.
Meu olhar errante
de espanto,
Ao perceber tão
doce encanto.
Ele brilha, ele
ama, ele mergulha na ânsia do sonho.
De em uma
cachoeira sangrenta tomar um doce banho.
A enfermeira
limpa para a decepção e meu desencanto;
É seu dever; o
que posso fazer?
Já em minha
cabeça surge uma história e tanto:
Em que um casal
sedento, corta, machuca, se delicia.
Sinto-me
maravilhada em minha mente,
Que a doce
pulsação do coração o torna calmo e quente,
Que antes ao
sangue achava tenebroso,
Volto em
decadência á antiga adoração que sente,
A sede cortante
aos olhares arregalados de desejo.
Com o sabor
metalizado, macabro de um beijo.
O casal sedento
sem vestígios de sanidade,
Da luxúria fazem
loucura, ao corte no outro proporcionar.
Em rasgos leves a
cicatrizes marcantes,
Aos toques e o
roçar das bocas só o fazem se apaixonar
Em sua língua
dormente o sangue é sugado,
De seus carnudos
lábios o sabor é deliciado,
É misturado,
adorado, apaixonado.
Diante do casal
gamado, ao vício do sangue amado.
Deitam-se e
exaustos, com a dor gratificante.
Arde, dói,
relaxa; e eles voltam a se atacar.
Suas mãos
repassam acima da pele cortante,
Desse casal louco
em seu tão estranho amar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário